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Dia do Metodista Agora é lei

Está em vigor uma nova Lei que inclui o dia 24 de maio como o Dia do Metodismo Wesleyano no Calendário das datas comemorativas do estado do Rio de Janeiro

Consagração MEC e ED

Consagração do Ministério de Educação Cristão e Escola Dominical. Todo o 2º domingo.

ED...cada domingo uma novidade

A cada domingo Deus tem feito algo novo em nosso meio.

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O momento da melhor idade encontrar-se!!

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Quem Somos

Ministério de Educação Cristã
O Ministério de Educação Cristã é parte integrante da Igreja Metodista em Padre Miguel, uma Comunidade Missionária a Serviço do Povo. Cremos que a missão acontece quando trabalhamos para a construção do Reino de Deus, sob o poder do Espírito Santo, pela ação da comunidade cristã e de pessoas, visando ao surgimento da nova vida, trazida por Jesus Cristo, para a renovação do ser humano e das estruturas sociais, marcados pelos sinais da morte. (PVM)

A Educação cristã para nós:
A Educação Cristã é um processo dinâmico para a transformação, libertação e capacitação da pessoa e da comunidade. Ela se dá na caminhada da fé e se desenvolve no confronto da realidade histórica com o Reino de Deus, num comprometimento com a missão de Deus no mundo, sob a ação do Espírito Santo, que revela Jesus Cristo segundo as Escrituras (PVM)

Nossos objetivos:
·         Proporcionar a formação cristã da pessoa em comunidade, levando-se em consideração as diversas fases de seu desenvolvimento;
·         Preparar o cristão a viver no Espírito de Deus nas suas relações, anunciar o Evangelho e cumprir seu ministério no mundo;
·         Ajudar a comunidade a saber o que é e o que significa sua situação humana, a partir do indivíduo que integra o processo social;
·         Levar os cristãos a se integrarem na prática missionária à luz do Evangelho e da realidade social. (PVM)

Ana Lúcia Mudesto Rosa (Coordenadora do Ministério)
Adriano Fermiano (Vice-coordenador)
Nivia Fermiano (Secretária)
Letícia Lopes (Secretária do Curso de capacitação)

Escola Dominical

Porque Devo Ir a Escola Bíblica Dominical?

“Jesus, pois, vendo as multidões, subiu ao monte; e, tendo se assentado, aproximaram-se os seus discípulos, e ele se pôs a ensiná-los, dizendo: Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados os que...”
(Mateus 5.1-4a)

Pensando de que forma deveria discorrer sobre esse assunto, responder a pergunta acima, veio-me em mente a didática de Jesus, sua teologia, sua simplicidade, as figuras de linguagem que usou, do cotidiano retirava as histórias para os seus ensinos. “Se vos falei de coisas terrestres, e não credes, como crereis, se vos falar das celestiais?” (João 3.12). Quando nos convertemos, nascemos de novo, vem junto o desejo de conhecer melhor o nosso Deus, mas como conhecê-lo sem obter informações acerca dele? Onde obter tais informações? As informações acerca de um Deus em que a linguagem humana não consegue definir por inteireza das plenitudes da divindade envolvidas. Quando falamos que o nosso Deus é Santo tal vocábulo nem de perto chega a definir o que se almejou fazer, mas apenas nos dar uma pequena noção do que não somos ao nos referirmos a Ele. Por isso a Sua Palavra escrita em linguagem humana, através de 40 escritores, no decorrer de 1500 anos, inspirados por Deus com intuito de que mais facilmente pudéssemos entender sua mensagem. “Disse-lhes ele: Vós sois de baixo, eu sou de cima; vós sois deste mundo, eu não sou deste mundo. Por isso vos disse que morrereis em vossos pecados; porque, se não crerdes que eu sou, morrereis em vossos pecados”. (João 8.23,24), e “Respondeu-lhe Jesus: Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer de cima, não pode ver o reino de Deus”.(João 3.3). Nestas duas passagens verificamos Jesus falando sobre a necessidade do homem olhar para cima e atentar para a mensagem que vem dos céus, de Deus. O novo nascimento significa Nascer de cima, nascer de Deus. Com tudo isso percebemos que para ter intimidade com Deus se faz necessário conhecê-lo através da leitura e estudo da sua Palavra, observarmos os seus preceitos,princípios, verdades que começam no próprio Deus, renovam e reprogramam nossas mentes cauterizadas pelos pecados outrora cometidos em mentes comprometidas com a retidão,integridade, justiça, amor, misericórdia e paz, virtudes originadas na divindade. Saímos do fundo do poço para sermos o Sal da Terra e Luz para um mundo que jaz em trevas, enquanto “aguardamos novos céus e nova terra onde habita a justiça”. II Pedro 3.13. Precisamos de Deus todos os dias da nossa existência, e através da sua Palavra podemos conhecê-lo verdadeiramente; e onde temos esta oportunidade? Na Igreja, Casa de Deus, em seus eventos, principalmente na Escola Bíblica Realizada todos os fins de semana, preparada para nos dar um maior conhecimento e dar-nos condições para tomada de decisões em nossas vidas, em nossas famílias e entes queridos. Em salmos 1.2 está registrado que os que têm prazer na Palavra de Deus, nela meditando prosperarão em seus planos pois Deus estará com estes. No texto não diz que Deus estará com aqueles que por obrigação lêem sua palavra,mas sim com os que tem prazer no seus Deus, pelo anseio de conhecê-lo e ter intimidade com Ele.
A Escola Bíblica Dominical é uma das ferramentas que a Igreja utiliza para doutrinar as famílias que dela fazem parte, bem como a comunidade em que está inserida. A Escola Dominical é o Monte de onde ouvimos Deus falar as Bem Aventuranças, passagem em que Jesus realçou as virtudes, confirmou os valores morais, reafirmou a diferença entre a luz (o que sempre será o certo a fazer) e às trevas (o que sempre será errado ao fazer). A verdade precisou vir de cima para nós que estávamos embaixo ouvir e assim decidirmos pelo verdadeiro. Precisamos ouvir isso constantemente, sermos revigorados semanalmente.
Pelo que foi dito acima, estejamos todos na Escola Bíblica Dominical.

Tempo de Recomeçar

Início de ano é tempo de recomeçar, mas o que é mais importante nesse recomeço?
“No essencial, unidade; no não essencial, liberdade; em tudo, amor”.
(Adaptação do texto do Pr. Ronan Boechat – Igreja Metodista em Vila Isabel)
                                            
“No essencial, unidade; no não essencial, liberdade; em tudo caridade” é uma frase usada pelo Rev. João Wesley, fundador do Movimento Metodista. A frase na verdade é de Santo Agostinho, o Bispo de Hipona, que viveu entre 354 e 430 d.C. Ela afirma que há coisas nas quais a unidade é uma necessidade e uma exigência e há coisas onde a liberdade é que é o mais importante. E termina reconhecendo o desafio bíblico do amor em todas as coisas e em todo tempo. Só assim teremos um bom recomeço.

Pra início de conversa
O que significa a palavra “essencial”? 
A palavra “essencial” aplicada à questão da nossa fé cristã está se referindo a quê? O que é essencial à nossa fé cristã? O que importa realmente em nossa caminhada?

A essência da nossa Fé
A palavra essencial é derivada de essência. E a essência da nossa fé quer dizer aquilo que constitui a natureza dessa fé, o conteúdo principal, o cerne, o que dá significado e dá existência a nossa fé. O que não pode faltar de jeito nenhum, sob hipótese alguma.

Alguns exemplos na Bíblia:
Ana Bíblia enquanto a Palavra de Deus revelada é algo essencial.
O apóstolo Paulo nos ajuda a pensar sobre a essência da nossa fé ao afirmar categoricamente: “se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã, a vossa fé” (1Co 15:14 e 17). Não existiria a fé cristã se não tivesse acontecido a ressurreição, pois ainda permaneceríamos em nossos pecados (1Co 15:17).

Lucas ao descrever a Igreja primitiva (os primeiros cristãos) ele destaca as quatro colunas sobre as quais a Igreja se sustentava, elas são essenciais neste tempo de recomeço:
1.       Perseverança na Doutrina dos Apóstolos ou no Evangelho ensinado por Jesus que os tornavam discípulos discipuladores (cf. Mt 28:19-20), obreiros que manejavam bem a Palavra da verdade (cf. 2Tm 2:15), inclusive contra todo tipo de heresias e hereges;
2.       Perseverança na comunhão (koinonia) que os faziam estar juntos e repartir solidariamente bens e serviços de tal modo que não havia necessitados entre eles (cf. At 4:34);
3.       Perseveravam no partir do pão (a celebração da Ceia do Senhor), ou seja, o culto cristão que nasceu da celebração da Ceia realizada em memória de Jesus e como
compromisso com o seu Evangelho;
4.       Perseveravam nas orações, como modo de se experimentar intimamente a presença e a comunhão real com Deus, como meio de buscar discernimento em Deus e o poder de Deus e como prática de adoração, ação de graças e intercessão.

Alguns outros exemplos na bíblia de coisas essenciais que não podemos esquecer no nosso recomeço:
1.       1 Timóteo 2:5 Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem,
2.       Romanos 6:23 - porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.
3.       Efésios 2:8 Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus;
4.       João 11:25 - Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá;
5.       Hebreus 12:14 - Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor
6.        1 João 4:8 - Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor.

E há muito mais exigências, orientações, promessas, de Deus em sua Palavra que não podemos deixar de crer, pois além de verdadeiras, são essenciais à nossa vida cristã, à nossa salvação e à nossa vivência na comunidade de fé.

Ao recomeçarmos não podemos esquecer daquilo que é essencial na tradição da igreja
Os cristãos dos primeiros tempos do cristianismo elaboraram uma lista de coisas essenciais à fé cristã e essa “lista” foi chamada de Credo Apostólico. Esse resumo essencial de nossa fé e crença afirma:“Creio em Deus Pai, Todo-Poderoso, criador do céu e da terra e em Jesus Cristo, seu unigênito filho, nosso Senhor; o qual foi concebido por obra do Espírito Santo; nasceu da virgem Maria; padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos; foi crucificado, morto e sepultado; ao terceiro dia, ressurgiu dos mortos, subiu ao Céu e está a direita de Deus Pai, Todo-Poderoso, de onde há de vir para julgar os vivos e os mortos.Creio no Espírito Santo, na Santa Igreja de Cristo; na comunhão dos santos; na remissão dos pecados, na ressurreição do corpo e na vida eterna. Amém”.

Somos Metodistas - Alguns exemplos do metodismo que nos ajudam a recomeçar
Para vivermos uma genuína vida cristã e bíblica segundo o entendimento da nossa fé cristã protestante metodista, além de termos a Bíblia como única regra de fé e prática dos cristãos, é essencial nos orientarmos:
a)    pelo Credo Apostólico, 
b)    pelos 25 Artigos de Religião do Metodismo histórico, pelos Sermões de João Wesley e suas Notas sobre o Novo Testamento, que nos ajudam a interpretar corretamente o texto bíblico na ótica da graça salvadora de Deus.

No essencial unidade
Ter unidade (concordância) nesses pontos é o que nos torna cristãos e cristãos metodistas. Não basta, portanto crer na Bíblica como Palavra de Deus, é preciso ser orientado por ela, viver vida de santificação, amor, oração, intimidade e dependência de Deus.
Hoje se fala dos espíritas kardecistas cristãos, pois acreditam em Jesus como um espírito perfeito, na prática das boas obras e na salvação pelas boas obras... , mas não pode de fato ser considerado cristão quem não crê na salvação unicamente por Jesus Cristo. É essência da fé cristã a afirmação “só Jesus salva”. Jesus é Deus e não espírito perfeito. Somos salvos não pelas boas obras, mas somos salvos unicamente por Jesus e para a prática das boas obras.

Coisas não essenciais
à Orar é essencial, mas o modo como oramos não é essencial. Deus nos ouve quando nos ajoelhamos, quando estamos de pé, sentados, deitados. Deus ouviu Jonas lá dentro das tripas de um grande peixe.
à Celebrar e participar da Ceia do Senhor é essencial e é essencial também respeitar os elementos indicados, a saber, pão e vinho, e o sentido da celebração da Ceia: em memória de Jesus. Mas o modo como celebrar a ceia não é essencial. Podemos partir o pão em pequenos pedaços e distribuir o vinho em pequenos copos. Mas os pedaços do pão podem ser grandes e os copos do vinho também. O pão nem precisa ser partido e o vinho pode ser distribuído em cálice único.
à O culto ao Senhor é essencial, mas o local do culto não. Pode ser uma bela catedral, uma igreja de periferia, dentro de um barraco, debaixo de um pé de manga, no alto de um monte.
É importante ressaltar que há coisas que embora não sejam essenciais, são importantes. Para o culto ao Senhor ninguém precisa ter uma Bíblia na mão, mas é muito importante que o povo de Deus tenha em mãos a Palavra do Senhor. Não é essencial ter instrumentos musicais, mas é importante e agradável a congregação cantar com o acompanhamento.

No não essencial, liberdade.
Naquilo que não é essencial à nossa fé, Deus nos dá a liberdade. Wesley falando sobre as marcas de um metodista, afirma que o cristão Metodista “não se distingue dos demais pela língua, pela comida, pela roupa, pelo corte de cabelo ou por quaisquer outros sinais externos ou por qualquer tipo de gênero de vida extraordinário. Segue os costumes locais relativamente ao vestuário, à alimentação e ao estilo de viver das demais pessoas da comunidade e país onde vive, apresentando sempre um estado de vida admirável e sem dúvida bom.
Acreditamos que onde está o Espírito do Senhor há verdade, justiça, perseverança nas coisas essenciais à nossa fé, mas onde há o Espírito do Senhor também há liberdade (2 Co 3:17). Mas a nossa liberdade não pode ser usada para dar ocasião à carne e ao pecado (Gl 5:13). “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas convêm; nem todas edificam” (1Co 10:23). “eu não me deixarei dominar por nenhuma delas (1 Co 6:12).

Em tudo, amor
Nas coisas, situações, fé e crenças essenciais devemos crer e praticar com amor e por amor. Nas coisas, situações, fé, conceitos e práticas não essenciais devemos crer e praticar com amor e por amor.
Pois como muito bem afirma 1Co 13, quem não ama suas palavras são como o som de um bronze (gongo) que soa ou como o címbalo que retine; nada será; nada lhe será aproveitado. Não será reconhecido como discípulo(a) de Jesus (João 13:34-35). Não tem cumprido a lei (Rm 13:8-10). Não conhece a Deus (1Jo 4:8). Não será reconhecido por Deus (Mt 25: 41-46; Ap 2:10; Ap 3:1).

Oque é Missão?

O que é missão?

Pr. Tiago Valentin

A resposta ao título desta pastoral parece ser óbvia para muitos que dizem que a missão de nossa igreja é falar de Jesus aos que não o conhecem. Contudo, o anúncio de Cristo, ou evangelização, é apenas um aspecto da nossa missão, embora importante e fundamental.

Segundo o documento Plano para Vida e Missão, produzido pelo Concílio Geral da Igreja Metodista em 1989, “Missão é a construção do Reino de Deus, sob o poder do Espírito Santo, pela ação da comunidade cristã e de pessoas, visando o surgimento da nova vida trazida por Jesus Cristo para renovação do ser humano e das estruturas sociais, marcados pelos sinais de morte”. Sim, essa é a nossa missão.

Hoje, quando se fala de missão no contexto das igrejas evangélicas, automaticamente faz-se a associação com evangelização. Para muitas igrejas, fazer missão é apenas enviar alguém para a Índia ou a África a fim de pregar o nome de Jesus. Para outras tantas pessoas, autodenominar-se missionário(a) é o suficiente. E muitos exercem essa missão sem sequer sair de um estúdio de televisão ou das quatro paredes do templo.

Biblicamente, missão é consolidar o reino de Deus no mundo, e é isso que afirma a Igreja Metodista. Quando falamos em missão, estamos nos referindo à missão de Deus no mundo, ou seja, a implantação do Seu reino. A inauguração ou instauração desse projeto divino se dá por meio da vinda de Cristo, que revela em Seu ministério e sacrifício a vontade de Seu Pai. Missão é todo esforço em prol da concretização e estabelecimento pleno do reino de Deus na Terra.

A igreja participa dessa missão e cresce em santificação quando produz atos de piedade e obras de misericórdia. Os atos de piedade são, principalmente, o culto a Deus e o cultivo da piedade pessoal e comunitária, e as obras de misericórdia são, sobretudo, o trabalho que valoriza e realiza a pessoa enquanto constrói, em amor e justiça, a nova comunidade e o reino de Deus. Assim, a igreja participa da missão e cresce quando cultua a Deus no oferecimento de nós mesmos, em comunidade, na adoração, no louvor, na confissão, na afirmação da fé, na consagração e no compartilhar de nossas experiências e dons.

A missão acontece na promoção da vida. Para que haja vida, são necessários comunhão e reconciliação com Deus e o próximo, direito à terra, habitação, alimentação, valorização da família e dos marginalizados da família, saúde, educação, lazer, participação na vida comunitária, política e artística, e preservação da natureza.

A missão é, portanto, a razão de ser da igreja. A igreja não tem que ter uma vocação ou perfil missionário, pois cumprir a missão é intrínseco à própria existência da Igreja. Que possamos, cada um de nós e toda a comunidade, fazer os esforços possíveis para que o reino de Deus seja uma realidade dentro da igreja e especialmente fora dela.

Artigos de Fé

Os 25 Artigos de Fé da Igreja Metodista

Os 25 Artigos de Fé datam do tempo do próprio John Wesley e foram por ele retirados dos 37 Artigos de Fé da Igreja Anglicana.
 
(1) Da fé na Santa Trindade
Há um só Deus vivo e verdadeiro, eterno, sem corpo nem partes; de poder, sabedoria e bondade infinitos; criador e conservador de todas as coisas visíveis e invisíveis. Na unidade desta divindade, há três pessoas da mesma substância, poder e eternidade - Pai, Filho e Espírito Santo.
(2) Do Verbo ou Filho de Deus que se fez
verdadeiro homem
O Filho, que é o Verbo do Pai, verdadeiro e eterno Deus, da mesma substância do Pai, tomou a natureza humana no ventre da bendita virgem, de maneira que duas naturezas inteiras e perfeitas, a saber, a divindade e a humanidade, se uniram em uma só pessoa para jamais se separar, a qual pessoa é Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, que realmente sofreu, foi crucificado, morto e sepultado, para nos reconciliar com seu Pai e para ser um sacrifício não somente pelo pecado original, mas também pelos pecados atuais dos homens.
(3) Da ressurreição de Cristo
Cristo, na verdade, ressuscitou dentre os mortos, tomando outra vez o seu corpo com todas as coisas necessárias a uma perfeita natureza humana, com as quais subiu ao Céu e lá está até que volte a julgar os homens, no último dia.
(4) Do Espírito Santo
O Espírito Santo, que procede do Pai e do Filho, é da mesma substância, majestade e glória com o Pai e com Filho, verdadeiro e eterno Deus.
(5) Da suficiência das Santas Escrituras para a salvação
As Santas Escrituras contêm tudo que é necessário para a salvação, de maneira que o que nelas não se encontre, nem por elas se possa provar, não se deve exigir de pessoa alguma para ser crido como artigo de fé, nem se deve julgar necessário para a salvação. Entende-se por Santas Escrituras os livros canônicos do Antigo e do Novo Testamentos de cuja autoridade nunca se duvidou na Igreja, a saber, do Antigo Testamento: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio, Josué, Juízes, Rute, I e II Samuel, I e II Reis, I e II Crônicas, Esdras, Neemias, Ester, Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cânticos dos Cânticos, Isaías, Jeremias, Lamentações de Jeremias, Ezequiel, Daniel, Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias, e Malaquias; e do Novo Testamento: Evangelhos; segundo S. Mateus, S. Marcos, S. Lucas, e S. João; Atos dos Apóstolos; Epístolas de S. Paulo: aos Romanos, I e II aos Coríntios, aos Gálatas, aos Efésios, aos Filipenses, aos Colossenses, I e II aos Tessalonicenses, I e II a Timóteo, a Tito e a Filemom; Epístola aos Hebreus; Epístola de S. Tiago; Epístola I e II de S. Pedro; Epístola I, II e III de S. João; Epístola de S. Judas, e o Apocalipse.
(6) Do Antigo Testamento
O Antigo Testamento não está em contradição com o Novo, pois tanto no Antigo como no Novo Testamentos a vida eterna é oferecida à humanidade por Cristo, que é o único mediador entre Deus e o homem, sendo ele mesmo Deus e Homem;portanto, não se deve  dar ouvidos àqueles que dizem que os patriarcas tinham em vista somente promessas transitórias. Embora a lei dada por Deus a Moisés, quanto às cerimônias e ritos, não se aplique aos cristãos, nem tão pouco os seus preceitos civis devam ser necessariamente aceitos por qualquer governo, nenhum cristão está isento de obedecer aos mandamentos chamados morais.
(7) Do pecado original
O pecado original não está em imitar Adão, como erradamente dizem os Pelagianos, mas é a corrupção da natureza de todo descendente de Adão, pela qual o homem está muito longe da retidão original e é de sua própria natureza inclinado ao mal e isto continuamente.
(8) Do livre arbítrio
A condição do homem, depois da queda de Adão, é tal que ele não pode converter-se e preparar-se pelo seu próprio poder e obras, para a fé e invocação de Deus; portanto, não temos forças para fazer boas obras agradáveis e aceitáveis a Deus sem a sua graça por Cristo, predispondo-nos para que tenhamos boa vontade e operando em nós quando temos essa boa vontade.
(9) Da justificação do homem
Somos reputados justos perante Deus somente pelos merecimentos de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, por fé e não por obras ou merecimentos nossos; portanto, a doutrina de que somos justificados somente pela fé é mui sã e cheia de conforto.
(10) Das boas obras
Posto que as boas obras, que são o fruto da fé e seguem a justificação, não possam tirar os nosso pecados, nem suportar a severidade do juízo de Deus, contudo são agradáveis e aceitáveis a Deus em Cristo, e nascem de uma viva e verdadeira fé, tanto assim que uma fé viva é por elas conhecida como a árvore o é pelos seus frutos.
(11) Das obras de superrogação
As obras voluntárias que não se achem compreendidas nos mandamentos de Deus, as quais se chamam obras de superrogação, não se podem ensinar sem arrogância e impiedade; pois, por elas, declaram os homens que não só rendem a Deus tudo quanto lhe é devido, mas também de sua parte fazem ainda mais do que devem, embora Cristo claramente diga: “Quando tiverdes feito tudo o que se vos manda, dizei: Somos servos inúteis”.
(12) Do pecado depois da justificação
Nem todo pecado, voluntariamente cometido depois da justificação, é o pecado contra o Espírito Santo e imperdoável; logo, não se deve negar a possibilidade de arrependimento aos que caem em pecado depois da justificação. Depois de termos recebido o Espírito Santo, é possível apartar-nos da graça recebida e cair em pecado, e pela graça de Deus levantar-nos de novo e emendar nossa vida. Devem, portanto, ser condenados os que digam que não podem mais pecar enquanto aqui vivem, ou que neguem a possibilidade de perdão àqueles  que verdadeiramente se arrependam.
(13) Da Igreja
A Igreja visível de Cristo é uma congregação de fiéis na qual se prega a pura Palavra de Deus e se ministram devidamente os sacramentos, com todas as coisas a eles necessárias, conforme a instituição de Cristo.
(14) Do purgatório
A doutrina romana do purgatório, das indulgências, veneração e adoração, tanto de imagens como de relíquias, bem como a invocação dos santos, é uma invenção fútil, sem base em nenhum testemunho das Escrituras e até repugnante à Palavra de Deus.
(15) Do falar na congregação em língua desconhecida
É claramente contrário à Palavra de Deus e ao costume da igreja Primitiva celebrar o culto público na Igreja, ou ministrar os sacramentos, em língua que o povo não entenda.
(16) Dos sacramentos
Os sacramentos instituídos por Cristo não são somente distintivos da profissão de fé dos cristãos; são, também, sinais certos da graça e boa vontade de Deus para conosco, pelos quais Ele invisivelmente, opera em nós, e não só desperta, como fortalece e confirma a nossa fé nEle. Dois somente são os sacramentos instituídos por Cristo, nosso Senhor, no Evangelho, a saber: o batismo e a Ceia do Senhor. Os outros cinco, vulgarmente chamados sacramentos, a saber: a confirmação, a penitência, a ordem, o matrimônio e a extrema unção, não devem ser considerados sacramentos do Evangelho. Sendo, como são, em parte, uma imitação corrompida de costumes apostólicos e, em parte, estados de vida permitidos nas Escrituras, mas que não têm a natureza do batismo, nem a da Ceia do Senhor, porque não têm sinal visível, ou cerimônia estabelecida por Deus. Os sacramentos não foram instituídos por Cristo para servirem de espetáculo, mas para serem recebidos dignamente. E somente nos que participam deles dignamente é que produzem efeito salutar, mas aqueles que os recebem indignamente recebem para si mesmos a condenação, como diz S. Paulo ( I Coríntios 11.29).
(17) Do batismo
O batismo não é somente um sinal de profissão de fé e marca de diferenciação que distingue os cristãos dos que não são batizados, mas é, também, um sinal de regeneração, ou de novo nascimento. O batismo de crianças deve ser conservado na Igreja.
(18) Da Ceia do Senhor
A Ceia do Senhor não é somente um sinal do amor que os cristãos devem ter uns para com os outros, mas antes é um sacramento da nossa redenção pela morte de Cristo, de sorte que, para quem reta, dignamente e com fé o recebe, o pão que partimos é a participação do corpo de Cristo, como também o cálice de benção é a participação do sangue de Cristo. A transubstanciação ou a mudança de substância do pão e do vinho na Ceia do Senhor não se pode provar pelas Santas Escrituras e é contrária às suas terminantes palavras; destrói a natureza de um sacramento e tem dado motivo a muitas superstições. O corpo de Cristo é dado, recebido e comido na Ceia somente de modo espiritual. O meio pelo qual é recebido e comido o corpo de Cristo, na Ceia, é a fé. O sacramento da Ceia do Senhor não era, por ordenação de Cristo, custodiado, levado em procissão, elevado nem adorado.
(19) De ambas as espécies
O cálice do Senhor não se deve negar aos leigos, porque ambas as espécies da Ceia do Senhor, por instituição e mandamento de Cristo, devem ser ministradas a todos os cristãos igualmente.
(20) Da oblação única de Cristo sobre a cruz
A oblação de Cristo, feita uma só vez, é a perfeita redenção, propiciação e satisfação por todos os pecados de todo o mundo, tanto o original como os atuais, e não há nenhuma outra satisfação pelo pecado, senão essa. Portanto, o sacrifício da missa, no qual se diz geralmente  que o sacerdote oferece a Cristo em expiação de pecados pelos vivos e defuntos, é fábula blasfema e engano perigoso.
(21) Do casamento dos ministros
Os ministros de Cristo não são obrigados pela lei de Deus, quer a fazer voto de celibato, quer a abster-se do casamento; portanto, é tão lícito a eles como aos demais cristãos o casar-se à sua vontade, segundo julgarem melhor à prática da piedade.
(22) Dos ritos e cerimônias da Igreja
Não é necessário que os ritos e cerimônias das Igrejas sejam em todos os lugares iguais e  exatamente os mesmos, porque sempre têm sido diferentes e podem mudar-se conforme a diversidade dos países, tempos e costumes dos homens, contando que nada seja estabelecido contra a Palavra de Deus. Entretanto, todo aquele que, voluntária, aberta e propositadamente quebrar os ritos e cerimônias da Igreja a que pertença, os quais, não sendo repugnantes à Palavra de Deus, são ordenados e aprovados pela autoridade competente, deve abertamente ser repreendido como ofensor da ordem comum da Igreja e da consciência dos irmãos fracos, para que os outros temam fazer o mesmo. Toda e qualquer Igreja pode estabelecer, mudar ou abolir ritos e cerimônias, contanto que isso se faça para edificação.
(23) Dos deveres civis dos cristãos
É dever dos cristãos, especialmente dos ministros de Cristo, sujeitarem-se à autoridade suprema do país onde residam e empregarem todos os meios louváveis para inculcar obediência aos poderes legitimamente constituídos. Espera-se, portanto, que os ministros e membros da Igreja se portem como cidadãos moderados e pacíficos.
(24) Dos bens dos cristãos
As riquezas e os bens dos cristãos não são comuns, quanto ao direito, título e posse dos mesmos, como falsamente apregoam alguns; não obstante, cada um deve dar liberalmente do que possui aos pobres.
(25) Do juramento do cristão
Assim como confessamos que é proibido aos cristãos, por nosso Senhor Jesus Cristo e por Tiago, seu apóstolo, o jurar em vão e precipitadamente, assim também julgamos que a religião cristã não proíbe o juramento quando um magistrado o requer em causa da fé e caridade, contanto que se faça segundo o ensino do profeta, em justiça, juízo e verdade.